Resenha: Asas de Sangue - I Alianças

20:16 Altagrafia 0 Comments

 





Asas de Sangue — I Alianças (Rodrick MarsMoon)


        A história do livro é situada em uma época pré-apocalíptica contemporânea, onde não só humanos estão sujeitos às consequências desse evento, mas todo ser vivente, incluindo anjos, anjos caídos, nephilins, lobisomens, bruxas e demônios. Por conta disso, alianças são formadas e o relógio se tornou um dos piores inimigos para ambos os lado.

        O protagonista da obra é Markus, um jovem normal que acaba de regressar das suas férias escolares e se depara com um rosto novo na escola, Carmilla, que logo a princípio causa um certo grau de desconforto em sua melhor amiga. Posteriormente, descobrimos que não é por acaso que aquela misteriosa menina — a qual é uma vampira — estava lá e que ela, junto a Markus, serão peças centrais em todo o enredo.

        O cerne da história é o confronto que o apocalipse vai gerar, além de toda a sua preparação. O mundo “sobrenatural” é, ainda que de forma não eficiente, escondido dos humanos. Com a chegada do fim dos tempos, as diversas raças e classes dentro do universo buscam formar alianças umas com as outras, o que causa diversas subtramas. Essas situações são retratadas em primeira pessoa porque, embora Markus seja o protagonista, a narração se divide entre 12 personagens, assim nos permitindo conhecer mais do mundo à volta.

        Falar do apocalipse implica, ao menos nesta história, falar de duas figuras importantíssimas e chaves de vitória no embate: Messias e o Anticristo. Diferentemente da forma em que normalmente o vemos retratado, o Messias aqui sequer sabe quem ele é e não possui nenhum atrativo de habilidade. Em razão disso, precisa ser protegido até se capacitar para um confronto. E o Anticristo? Bem, esse é um dos grandes mistérios do livro, o primeiro de uma saga.

OBS.: Há dicas na obra de quem é, mas deixarei isso com vocês.


Minhas impressões:


        A obra tem uma pegada bem fluida, o que facilita bastante a leitura. O autor não busca detalhar muita coisa e ter usado figuras mitológicas já conhecidas é um fator essencial para o sucesso dessa abordagem. Inicialmente, tive dificuldade em me adaptar às mudanças de “protagonismo” que a narração pelo ótica de vários personagens causa, porém dentro de poucos capítulos já estava inteiramente adaptado. Confesso que, ao terminar, não conseguia imaginar sendo diferente.

        Por ser o primeiro livro de uma saga, há lacunas a serem preenchidas. Não é um ponto negativo, é normal em sagas, mas acho bom advertir. A única crítica mais precisa que tenho quanto à obra é em relação a linguagem empregada que, por características de alguns personagens, é um tanto chula e explícita.



A quem recomendo?


        Recomendo o livro a todos os leitores e leitoras que gostam do gênero fantasia e, também, de um texto não muito pesado (pode ser lido em até um dia, dependendo da disponibilidade de tempo). Super recomendo às pessoas que gostam de valorizar a literatura nacional.